No tempo que eu fui carreiro
Pra vancês quero contar
Tinha doze boi ligeiro
Carretão pra cantar
Quando entrava na cidade
Meu carro geme sentido
Deixando o coração
Dentro do peito ferido
No passar a serrania
E aqueles campo formoso
Seu cantar era mais triste
Seu gemido mais choroso
Recordo daquela estrada
Do meu querido sertão
Alembro de minha amada
Que não sai do coração
Porém hoje já tô véio
Já deixei de sê carreiro
Nos acorde desta viola
Chora um peito brasileiro
Meu carro se apodreceu
A boiada se espalhou
Só o carreiro não morreu
Pra saudade que ficou