Sou peão de boiadeiro
Vivo sempre viajando
Quando eu paro uma semana
Meu cavalo vai estranhando
Arrumo minha bagage
Eu não tenho paradeiro
Sou caboclo de corage
Sou de fato brasileiro
Tenho um pingo alazão
Foi eu mesmo que adomei
O arreio que ele usa
Foi eu mesmo que comprei
Meu laço de doze tento
Foi eu mesmo que trancei
O meu pala na garupa
Foi eu mesmo que cortei
Minhas rédea são de seda
Meu pelego avermeiado
Foi presente de uma moça
Que prendi no meu olhado
Numa festa de rodeio
Na fazenda Corcovado
Fiz bonito com meu pingo
E caí nos seus agrado
Com meu trinta na cintura
Nas estrada vou andando
Viro meu chapéu pra trás
Minha moda vou cantando
Viola chora magoada
Quando está me acompanhando
O lugar por onde eu passo
A saudade vou deixando
O lugar por onde eu passo
A saudade vou deixando